Veterinário de Mogi das Cruzes
fotografa
200 espécies de aves
Hobby de fim de semana começou há quatro anos.
Cantos gravados no celular são usados para atrair os pássaros.
4 comentários
Acostumado a atender as aves que chegam ao consultório precisando de ajuda, o veterinário Jefferson Renan de Araújo Leite troca o jaleco pelo fardamento aos fins de semana para fotografar pássaros em Mogi das Cruzes(SP). Em quatro anos, a lista de animais registrados passa de 200. Caboclinho de barriga vermelha, tie sangue, canário do campo, marreca-cricri e fim-fim são apenas algumas das espécies que levam o médico para diferentes pontos do município. Ele já chegou a esperar dez horas para fotografar uma espécie.
saiba mais
Aos fins de semana, muitas vezes ele está acompanhado pela esposa Elaine de Souza Borges Leite na busca pelas melhores imagens. No começo, ela só olhava, mas agora tem a própria câmera. “Não é sempre que consigo vir junto com ele, mas quando posso faço questão. É gostoso e depois que você começa, não quer parar mais”, afirma.
Apesar de ser um hobby, fazer as fotos exige paciência, tranquilidade e rapidez para não perder a imagem, além de dinheiro para comprar os equipamentos e, em alguns casos, cuidados médicos. “Houve uma vez em que cai e tive que colocar uma placa e parafusos na perna”, diz o veterinário. Mas o resultado compensa. “Em Mogi, eu fiz o primeiro registro de um marreca-cricri, que é uma ave comum no sul do País.”
Tudo é muito bem pensado. O fardamento é parecido com o das Forças Armadas e serve para não assustar os animais; o celular com o canto de mais de 200 pássaros diferentes não pode ficar sem carga e sempre vai acompanhado de um pequeno amplificador. Os sons emitidos atraem os animais para mais perto das lentes. O equipamento fotográfico também precisa ser de qualidade, para garantir imagens boas e de longo alcance e as botas garantem a segurança dos pés durante as horas e mais horas passadas mata adentro.
As fotos
Foi por meio do trabalho na clínica veterinária e na Prefeitura de Mogi das Cruzes que as primeiras aves foram fotografadas pelo veterinário. “Eu não tinha experiência, mas fazia algumas fotos por causa do trabalho. Aí, há uns quatro anos eu comecei a fotografar mesmo e de lá para cá acabei conhecendo grupos de pessoas que fazem as mesmas coisas”, conta o hoje colaborador do site Wikiaves, que traça um mapa das aves no Brasil.
Foi por meio do trabalho na clínica veterinária e na Prefeitura de Mogi das Cruzes que as primeiras aves foram fotografadas pelo veterinário. “Eu não tinha experiência, mas fazia algumas fotos por causa do trabalho. Aí, há uns quatro anos eu comecei a fotografar mesmo e de lá para cá acabei conhecendo grupos de pessoas que fazem as mesmas coisas”, conta o hoje colaborador do site Wikiaves, que traça um mapa das aves no Brasil.
Em Mogi, Jefferson já passou por regiões como César de Sousa, Sabaúna e Taiaçupeba. As localizações são mantidas em sigilo para não favorecer o tráfico de aves. “Quando alguém que conhecemos se interessa por alguma imagem que a gente faz e quer saber onde ela foi tirada, acabamos passando a localização de uma forma mais segura, sem expor a região”. Em Mogi das Cruzes, o caboclinho de barriga preta e o tricolino são as descobertas recentes.
O prazer pelas fotos é tanto que a máquina fotográfica agora é um item indispensável em todas as viagens que Jefferson faz com a esposa. Juntos, eles já fotografaram em Alfenas e na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e emSanto Antônio do Pinhal, Taubaté, Tremembé e Guararema, entre outras cidades em São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário