Nova espécie de tubarão é achada nas profundezas do litoral brasileiro; fotos
Tubarão é ovíparo e habita as águas profundas da costa brasileira.
Animal foi identificado e catalogado por pesquisador do litoral de SP.
Pesquisadores de São Vicente, no litoral de São Paulo, descobriram uma nova espécie de tubarão, que habita as profundezas da costa brasileira, durante um trabalho de pesquisa científica. De acordo com os pesquisadores, existiam relatos da existência do animal desde a década de 1990, mas nunca um exemplar havia sido encontrado para ser estudado.
As pesquisas foram comandadas pelos professores Otto Bismarck Gadig (Unesp), Karla Soares (USP) e Ulisses Gomes (UFRJ). Eles analisaram dez exemplares que foram coletados em diferentes partes do litoral brasileiro, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, em profundidades de mais de 500 metros. "Existiam relatos sobre esse animal. A gente sempre falava que um dia encontraria ele e estudaríamos", afirma Otto.
Segundo Gadig, os pesquisadores, comandados por Karla, tiveram dificuldades em identificar o animal. “Eles não são fáceis de serem identificados. São parecidos com outros tipos de tubarão. Existem tubarões-gatos do Nordeste muito parecidos. Mas eles tinham particularidades e não achávamos exemplares iguais. Fizemos o trabalho de taxonomia, comparando com as espécies dos gêneros e visitando museus”, conta.
Após uma longa pesquisa, os cientistas descobriram que essa espécie ainda não tinha sido descrita, ou seja, era totalmente nova. O animal foi batizado como Scyliorhinus ugoi, em homenagem à Ugo Gomes, filho do pesquisador Ulisses Gomes.
O animal é uma espécie da família dos chamados tubarões-gato, por apresentar os olhos alongados e esverdeados como o dos felinos, mas com características particulares. “Eles eram maiores, mais escuros, sempre com pintas pequenas”, comenta Gadig. O novo tubarão é ovíparo e habita as águas profundas da costa brasileira entre o Nordeste e o Rio de Janeiro. Os maiores exemplares adultos examinados atingem cerca de 65 cm de comprimento. Eles se alimentam de pequenos invertebrados e peixes.
O animal é uma espécie da família dos chamados tubarões-gato, por apresentar os olhos alongados e esverdeados como o dos felinos, mas com características particulares. “Eles eram maiores, mais escuros, sempre com pintas pequenas”, comenta Gadig. O novo tubarão é ovíparo e habita as águas profundas da costa brasileira entre o Nordeste e o Rio de Janeiro. Os maiores exemplares adultos examinados atingem cerca de 65 cm de comprimento. Eles se alimentam de pequenos invertebrados e peixes.
Os pesquisadores concluíram o estudo científico sobre a nova espécie em 2014 e o artigo foi publicado neste ano. Um dos exemplares analisados está na coleção científica da Unesp, em São Vicente, e é uma fêmea. Os outros exemplares estão guardados no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), no Museu Nacional do Rio de Janeiro e na coleção científica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para Gadig, a descoberta de uma nova espécie de tubarão é importante para o conhecimento da biodiversidade brasileira, principalmente, aquela que habita a profundidade dos oceanos. Ele diz que são quase 200 espécies conhecidas de raias e tubarões no Brasil. O próprio professor já descobriu duas outras novas espécies de raias antes deste tubarão. “Somos um depósito da biodiversidade. Estamos no começo da nossa coleção científica aqui na Unesp. Queremos ter uma diversidade de tubarões e raias do Brasil que represente a diversidade brasileira”, fala.
Além disso, Gadig se preocupa com o futuro dessas espécies e dos profissionais da área que terão esse conteúdo para realizar outras pesquisas. “Pode ser que, daqui a alguns anos, eles não existam mais. Espécies de tubarões e raias estão desaparecendo. Essa diversidade é um legado para as futuras gerações”, comenta.
Além disso, Gadig se preocupa com o futuro dessas espécies e dos profissionais da área que terão esse conteúdo para realizar outras pesquisas. “Pode ser que, daqui a alguns anos, eles não existam mais. Espécies de tubarões e raias estão desaparecendo. Essa diversidade é um legado para as futuras gerações”, comenta.
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