sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

France Presse
05/02/2016 08h55 - Atualizado em 05/02/2016 11h25

Nova tarântula recebe nome do cantor Johnny Cash

Nova espécie de aracnídeo foi descoberta em Folsom, Califórnia.
Cantor fez apresentações no presídio da região.

Da France Presse
Tarântula nomeada em homenagem ao cantor Johnny Cash. (Foto: Chris Hamilton / France Presse)Tarântula nomeada em homenagem ao cantor Johnny Cash. (Foto: Chris Hamilton / France Presse)

Cientistas que rastreiam os campos Folsom, na Califórnia, descobriram um novo tipo de tarântula preta. Chamaram o aracnídeo de Johnny Cash (1932-2003), em homenagem ao músico norte-americano que fez uma série de apresentações na prisão de Folsom.
A criatura de oito patas chamada Aphonopelma johnnycashi é totalmente preta, assim como o guarda-roupas de Cash quando tocava seu violão e cantava músicas como "The Man in Black" e "Folsom Prison Blues".
"Sou um grande fã do Johnny Cash", disse Chris Hamilton, principal autor do estudo publicado na revista especializada "ZooKeys", onde a tarântula é identificada como uma das 14 novas espécies de aracnídeos descobertas no sudoeste dos Estados Unidos. "Mas não fiz esta descoberta buscando algo para batizar em homenagem a ele", brincou.
O cantor Johnny Cash (Foto: AP)O cantor Johnny Cash (Foto: AP)
Hamilton e outros pesquisadores da Auburn University e do Millsaps College queriam examinar de perto todas as tarântulas ao longo do sul dos Estados Unidos, a oeste do rio Mississippi. Após uma década de buscas, conseguiram cerca de 3 mil espécies em diferentes estados.
Descobriram que a tarântula Johnny Cash está amplamente difundida, mas até agora era considerada de outra espécie, a A. iodius."Quando começamos a levantar espécies (...) e olhar de perto sua morfologia, DNA e variáveis ecológicas, vimos que estas tarântulas eram únicas e mereciam pertencer a uma espécie separada".
A cor preta dos machos, somada à localização da aranha em Folsom, California - onde está a penitenciária onde Cash fez diversos shows para os presos, em 1968 - "fez com que seu nome me viesse à cabeça. Era o mais apropriado", disse Hamilton.
Hamilton e sua equipe garantem que há 29 tarântulas do gênero Aphonopelma, 14 das quais são novas para a ciência. As tarântulas não têm uma aparência muito amigável, mas os especialistas afirmam que quase nunca mordem e que seu veneno não é perigoso para os seres humanos.

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