quinta-feira, 7 de agosto de 2014

07/08/2014 05h00 - Atualizado em 07/08/2014 05h00

Praia coberta por bilhões

de conchas brancas atrai 

turistas na Austrália

'Praia das Conchas' tem mais de 100 km de extensão.
'Pilhas' de moluscos têm até 10 m de profundidade; sal favorece acúmulo.

Do G1, em São Paulo
Praia das Conchas, na Austrália (Foto: Anne Montfort / Photononstop/ AFP)Praia das Conchas, na Austrália (Foto: Anne Montfort / Photononstop/ AFP)
Bilhões de pequenas conchas brancas cobrem toda a faixa de areia de uma praia da Austrália. Conhecida como Praia das Conchas, a região de L’Haridon Bight tem mais de 100 km de extensão. Os montes de conchas chegam a ter 10 metros de profundidade.
As conchas da praia (Foto: Lpm43792/Creative Commons)As conchas (Foto: Lpm43792/Creative Commons)
As conchas são todas pertencentes a uma espécie só de animal: o Fragum erugatum, conhecido como molusco de Hamelin.
A razão para o acúmulo dos moluscos de Hamelin é a alta concentração de sal na água da região.
O ambiente excessivamente salino é favorável para esse animal, mas não para seus predadores.
A 'Praia das Conchas' fica em uma reserva natural na área de Shark Bay, na costa oeste da Austrália, perto da cidade de Denham.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

04/08/2014 13h02 - Atualizado em 04/08/2014 19h07

Fóssil de réptil de 90 milhões de anos é encontrado em Campina Verde, MG

Crânio foi encontrado durante escavações em uma fazenda.
Pesquisadores também encontraram 30% do esqueleto do animal.

Do G1 Triângulo Mineiro
O Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, em Uberaba, ganhou uma nova atração. Pesquisadores descobriram um fóssil de réptil de 90 milhões de anos. Desta vez, um crânio foi encontrado durante escavações em uma fazenda de Campina Verde, no Triângulo Mineiro. O crânio, que mede 38 centímetros, foi encontrado bem preservado, inclusive com a dentição. Na mesma rocha foi encontrado 30% do esqueleto do animal, que é uma espécie de parente antigo do crocodilo.
O pesquisador Thiago Marinho afirmou que pelo formato dos dentes é possível deduzir que o animal era carnívoro. A característica confere ainda variedade na alimentação. “É um grande predador, como podemos notar só de olhar para o crânio dele. Era um animal que competia com animais carnívoros por outras presas, então se alimentava de dinossauros herbívoros, outros crocodilos e tartarugas. Enfim, ele podia se alimentar do que quisesse”, afirmou.
A estimativa é de que cerca de 30% do esqueleto apareça depois do trabalho completo no laboratório. O pesquisador afirma que a conclusão do serviço está prevista para o final deste ano. “Por enquanto não podemos afirmar qual espécie, ainda precisamos de uma preparação melhor desse bloco para ver algumas características, principalmente no crânio e para afirmar se ele é um campinasuchus ou se é outra espécie conhecida ou uma nova”, concluiu.
Fóssil de réptil de 90 milhões de anos é encontrado em Campina Verde, MG (Foto: Reprodução/TV Integração)Fóssil foi encontrado em uma fazenda de Campina Verde, MG (Foto: Reprodução/TV Integração)

04/08/2014 20h12 - Atualizado em 04/08/2014 20h12

Brasileiro descobre novo

morcego dourado na Bolívia

Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Ricardo Moratelli, já descreveu outras quatro espécies de morcegos na América do Sul.

Da BBC
A espécie da Bolívia tinha sido confundida com a Myotis simus (Foto: Marco Tschapka/BBC)A espécie da Bolívia tinha sido confundida com a Myotis simus (Foto: Marco Tschapka/BBC)
Uma nova espécie de morcego dourado foi descoberta na Bolívia pelo pesquisador brasileiro Ricardo Moratelli.
Myotis midastactus foi descrito na revista científica "Mammalogy" por Moratelli, da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, e Don Wilson, do Instituto Smithsoniano, de Washington.
Anteriormente, o animal vinha sendo erroneamente identificado na América do Sul como um Myotis simus.
No entanto, uma análise mais detalhada de espécimes de museu provou que se tratava de uma espécie diferente. Acredita-se que ela seja encontrada apenas na Bolívia.
A característica mais marcante deste morcego é a sua curta pelagem amarelo-dourada.
Existem mais de 100 espécies de myotis – morcegos com orelhas semelhantes a ratos – no mundo.
Toque de Midas
A coloração viva, única entre as espécies de myotis das Américas, rendeu à espécie o nome midastactus, ou toque de Midas, em alusão à lenda do rei da Grécia Antiga que transformava em ouro tudo o que tocava.
O mamífero vive na savana amazônica da Bolívia e se alimenta de pequenos insetos, dormindo durante o dia em tocas no chão, em árvores ocas ou telhados de palha.
O professor Moratelli já tinha publicado um estudo em 2011 analisando as diferenças entre morcegos da Amazônia boliviana e dos países vizinhos.
Depois de passar meses tentando capturar, sem sucesso, espécimes vivos do Myotis midastactus, Moratelli realizou análises de 27 exemplares guardados em museus dos Estados Unidos e do Brasil, até confirmar a existência da nova espécie.
"Posso dizer com confiança que várias novas espécies de grupos zoológicos distintos estão engavetadas em museus ao redor do mundo, aguardando reconhecimento e uma descrição formal", disse ele.
O novo estudo não esclarece a situação do Myotis midastactus no que diz respeito à sua conservação. No entanto, cientistas já disseram que a espécie Myotis simus da Bolívia está "quase ameaçada".
A publicação cientítica sugere que o verdadeiro Myotis simus - também conhecido como Myotis aveludado – não vive na Bolívia, mas nos países vizinhos Argentina, Brasil, Equador, Paraguai e Peru.
Myotis midastactus foi a quinta espécie de morcego descoberta pelo professor Moratelli. Ele também foi responsável pela descrição do Myotis diminutus, um pequeno morcego que vive nos Andes equatorianos; do Myotis lavali no Nordeste; pelo Myotis izecksohni, que vive na Mata Atlântica; e pelo Myotis handleyi das montanhas do norte da Venezuela.

sábado, 2 de agosto de 2014


A criação da vida

A criação da vida
A vida imita a arte. No caso, a ficção científica. Estudante cria folha artificial, que faz a fotossíntese. Esta pode ser a melhor alternativa para garantir oxigênio em futuras bases no espaço.

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Chamada “folha de seda”, a invenção de Julian Melchiorri é capaz de tirar o fôlego, quando se pensa em suas possíveis aplicações. Trata-se do primeiro material produzido pelo homem que é capaz de realizar fotossíntese. Como plantas não crescem em ambientes de gravidade zero, produzir oxigênio é a chave para a vida em missões e estações espaciais.
Difícil imaginar que Julian é ainda um aluno do Royal College of Art, de Londres. Seu projeto foi um trabalho apresentado no curso de Design e Inovações.
A folha artificial contém clorofila, extraída das células de plantas reais, misturada a uma seda proteica que, solidificada, forma sua estrutura. Com o contato com a luz e a água, o material “respira” e produz o oxigênio.
Um outro uso imaginado pelo jovem é a possibilidade de, com as suas folhas, revestir edifícios em grandes cidades, com o objetivo de absorver poluentes no exterior e bombear o oxigênio produzido para o interior das habitações.
A criação da vida
Revestimento de edifícios nas cidades é um dos usos da folha artificial