Pesquisadores da UFRN
descobrem espécie de
peixe no sertão
potiguar
Parotocinclus seridoensis é uma espécie endêmica do rio Piranhas-Açu.
Artigo foi publicado na revista Neotropical Ichtyology, especializada na área.
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anunciaram a descoberta de uma nova espécie de peixe na bacia do rio Piranhas-Açu, na região Seridó do estado, e parte da Paraíba. De acordo com a pesquisa coordenada pelo professor Sérgio Maia Queiroz Lima, da UFRN, o Parotocinclus seridoensis foi identificado como uma espécie endêmica (que só existe nessa região). O artigo foi publicado no último dia 27 de dezembro na revista Neotropical Ichtyology, especializada na abordagem de assuntos sobre peixes de regiões neotropicais (veja aquio artigo).
Cerca de 20 pessoas participaram do projeto. Colaboraram também o professor Heraldo Antonio Britski, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), o pesquisador Telton Ramos, da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern), o pesquisador em ictiologia (ramo da biologia que estuda os peixes) Heraldo Antonio Britski, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), e o então aluno de graduação da UFRN, Luciano Barros Filho. A pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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Ao G1, Luciano explicou que a pesquisa aconteceu no período de um ano, entre 2012 e 2013. "Começamos as pesquisa ainda em 2012. O objetivo era fazer um levantamento das espécies existentes nas bacias que farão parte da transposição do rio São Francisco, dentre elas, a do Piranhas-Açu", contou.
O pesquisador explicou que o Parotocinclus seridoensis foi encontrado em boa parte do leito do Piranhas-Açu, com maior concentração no alto da bacia, em uma região que fica no município de Caicó, na região Seridó do RN. "Fazíamos coletas em toda a bacia. Com a pesquisa constatamos que a espécie é endêmica da região, o que já pode colocá-la na lista daquelas que estão ameaçadas de extinção já em 2014", disse Luciano.
De acordo com Luciano, a pesquisa é importante pois a região onde a nova espécie foi descoberta ainda é pouco conhecida. "É uma região que foi pouco estudada e que ainda pode ter outras espécies em situação semelhante. Precisamos estudar mais essas bacias hidrográficas", falou o pesquisador.
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