segunda-feira, 3 de março de 2014


06/02/2014 09h52 - Atualizado em 06/02/2014 16h43

G1 sobrevoa e mergulha




na Grande 




Barreira de Corais, na Austrália

Cruzeiros e aeronaves levam turistas ao patrimônio natural australiano. 
Com 2.300 km de extensão, ecossistema é maior estrutura viva do mundo.

Flávia MantovaniDo G1, em Queensland - a repórter viajou a convite do Tourism Australia


G1 sobrevoou de helicóptero um trecho da Grande Barreira perto do arquipélago de Whitsunday, no estado de Queensland e, em seguida, mergulhou no fantástico ambiente de peixes coloridos, corais e anêmonas, consagrado no cinema na animação "Procurando Nemo". De cima, a paisagem parece um mapa-múndi, com áreas mais escuras delimitadas pelos caminhos de corais em contraste com o intenso azul das águas (veja o vídeo acima). É a maior estrutura viva do planeta. Debaixo d'água, o visual é ainda mais fascinante.
Helicóptero sobrevoa a Grande Barreira de Corais (Foto: Flávia Mantovani/G1)Helicóptero sobrevoa a Grande Barreira de Corais
(Foto: Flávia Mantovani/G1)
A Grande Barreira fica a uma distância da costa que varia entre 15 km e 150 km. Os principais pontos de acesso a ela são as cidades de Cairns e Port Douglas, de onde saem tours de barco para o local. Também é possível chegar a ela a partir de uma das ilhas da área, como Hamilton Island, no arquipélago de Whitsundays.
O passeio de helicóptero é oferecido por várias empresas nas cidades costeiras e nas ilhas da região e também pode ser contratado por passageiros dos cruzeiros que circulam pela área, que são levados a plataformas no meio do mar onde a aeronave pode pousar. Também há a opção de sobrevoar a região em hidroaviões.
Mergulho
Para apreciar a diversidade de formas e de cores dos corais, é preciso entrar no mar onde fica a Grande Barreira, o que não é nenhum sacrifício levando em conta a agradável temperatura da água -- de 27°C no dia em que a reportagem do G1 fez um tour de snorkel por lá (veja o vídeo acima).
Os turistas são levados de barco até as plataformas das companhias de cruzeiros na região, que têm infraestrutura como banheiros, equipamentos e roupas impermeáveis e mesas para comer.
Plataforma com banheiros e equipamentos de mergulho serve de base para turistas que vão visitar a área (Foto: Flávia Mantovani/G1)Plataforma com banheiros e equipamentos de
mergulho serve de base para turistas que vão
visitar a área (Foto: Flávia Mantovani/G1)
De lá, podem se jogar no mar para mergulhar com cilindro ou nadar com equipamento de snorkel. Quem quiser pode pagar uma quantia extra para fazer o tour de snorkel com um guia, que vai dando explicações sobre o que é visto.
Debaixo d’água, é possível ver de perto o enorme muro formado por corais sobrepostos de diversas cores e formatos – são 600 tipos diferentes (veja vídeo acima). Alguns recebem seu nome devido às estruturas a que se assemelham, como o coral-cérebro e o coral-orelha de elefante.
Em volta dos corais da barreira, nadam 1.625 espécies de peixes e mais de 3 mil de moluscos, além de 133 de tubarões e arraias e mais de cem espécies de águas-vivas. A área é visitada também por golfinhos e baleias (30 espécies), por crocodilos e por seis das sete espécies de tartarugas marinhas existentes.
Ameaçada
A Grande Barreira de Corais vista de cima (Foto: Flávia Mantovani/G1)A Grande Barreira de Corais vista de cima (Foto: Flávia Mantovani/G1)
Patrimônio da Humanidade, a Grande Barreira de Corais vem sendo ameaçada por uma série de problemas.
Entre eles, o despejo de sedimentos e pesticidas no mar, agravado pelo crescimento do número de empreendimentos na área. Na última sexta-feira (31), causou polêmica a autorização, pelo governo da Austrália, do despejo de 3 milhões de metros cúbicos de resíduos de dragagem na região da barreira, decorrentes da expansão de um porto de carvão.
Segundo o Great Barrier Reef Marine Park, que administra a área de mais de 340 mil km² onde fica a barreira, as mudanças climáticas também têm contribuído para a morte dos frágeis corais, por meio da acidificação do oceano e do aumento da temperatura do mar e do nível das águas.
A entidade cita ainda um consenso científico elaborado por um grupo multidisciplinar que concluiu que a água da área tem sofrido uma piora gradativa.
No fim de janeiro, um relatório da ONG WWF Australia e da Sociedade Australiana para a Conservação Marinha afirmou que os governos da Austrália e de Queensland estão falhando em proteger a Grande Barreira.
“A saúde da barreira continua a declinar e, se os impactos da poluição não forem combatidos com grandes investimentos, o valor da barreira não será conservado”, afirma o documento.
Segundo o texto, se nada for feito para reverter esse quadro, a barreira pode ser incluída entre os Patrimônios Mundiais em Perigo.
Veja onde fica a Grande Barreira de Corais
  • Para visitar a região, uma das bases principais é Hamilton Island (marcada com a letra A), que fica a cerca de 2,5 horas de voo de Sydney. Também é possível acessar a Barreira a partir de Cairns e Port Douglas, todas no estado de Queensland.

Nenhum comentário:

Postar um comentário