domingo, 30 de março de 2014


30/03/2014 00h35 - Atualizado em 30/03/2014 07h22

Novo terremoto atinge 



a Califórnia


Autoridades revisam de pontes, represas, ferrovias e outras infraestruturas.
Forte tremor, o 'Big One', é esperado dentro do próximos 30 anos.

Da EFE

O sul da Califórnia voltou a tremer neste sábado (30), sacudido por um terremoto de magnitude 4,1, a maior das mais de 100 réplicas registradas após o tremor de 5,1 registrado na noite de sexta-feira (29) no sudeste de Los Angeles.
O tremor foi registrado perto da cidade de Rowland Heights, por volta das 14h32 (11h32 em Brasília), segundo o Serviço Geológico Americano (USGS), que informou que o movimento teve uma profundidade de 8 quilômetros.
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Geólogos analisam um deslizamento de terra em uma estrada em Brea, na Califórnia. (Foto: The Orange County Register / Ken Steinhardt / Via AP Photo)Geólogos analisam um deslizamento de terra em uma estrada em Brea, na Califórnia. (Foto: The Orange County Register / Ken Steinhardt / Via AP Photo)
Esta foi a forte réplica do tremor registrado às 21h09 (18h09 de Brasília) de sexta, com epicentro entre La Habra e Breu, no condado de Orange, e a uma profundidade de 7,5 km.
"A sequência de réplicas pode continuar durante vários dias ou semanas, mas provavelmente terão menor frequência e magnitude com o passar do tempo", informou o USGS.
Apesar da continuidade das réplicas, o Departamento de Bombeiros de Los Angeles disse que já não está em alerta por terremoto e indicou que os danos registrados são menores. "Por sorte, não foram registrados danos significativos nos 756 km de nossa jurisdição", indicou o departamento.
As autoridades locais informaram pelo Twitter que o tremor provocou rompimentos de vidros e de condutores, com vazamentos de gás e de água. A companhia elétrica Southern Califórnia Edison informou que pelos menos dois mil clientes ficaram sem luz por causa do tremor.
A USGS relatou mais de uma dúzia de réplicas, cuja magnitude oscilou entre os 2 e os 3,6 graus.
As autoridades determinaram a revisão de pontes, represas, ferrovias e outras infraestruturas para identificar possíveis danos.
Residentes da área afetada disseram em entrevista à emissora de rádio local "KNX-AM" terem visto um muro de tijolos desmoronar e árvores e cabos da rede elétrica balançarem. "Todas as janelas do edifício tremeram", disse uma das pessoas, que estava no cinema quando aconteceu o terremoto. "Todo o mundo saiu para a rua e começaram a abraçar uns aos outros", acrescentou.
Em meio ao tumulto, chamou a atenção a Filarmônica de Los Angeles, que não perdeu nem uma nota em pleno tremor de terra.
Os sismólogos cogitam a probabilidade de 98% que o "Big One", um terremoto de magnitude de 7,8 ou superior com origem na falha de San Andrés, afete o sul da Califórnia nos próximos 30 anos. As estimativas oficiais preveem que esse tremor pode causar duas mil mortes e 53 mil feridos, assim como a queda de 1.500 edifícios, incluídos arranha-céus, e danos consideráveis em pelo menos 300 mil imóveis.

terça-feira, 25 de março de 2014



25/03/2014 13h39 - Atualizado em 25/03/2014 14h36

Fotógrafo flagra caracóis



'se beijando'


Moluscos subiram nas hastes de duas cerejas para se tocar. 
Ucraniano diz que aprendeu a observar o que acontece perto do solo.

Do G1, em São Paulo
Foto mostra os caracóis sobre as hastes de duas cerejas e esticando seus corpos para o 'beijo' em cidade da Ucrânia (Foto: Vyacheslav Mischenko/Caters)Foto mostra os caracóis sobre as hastes de duas cerejas e esticando seus corpos para o 'beijo' em cidade da Ucrânia (Foto: Vyacheslav Mischenko/Caters)
O fotógrafo ucraniano Vyacheslav Mischenko, de 48 anos, captou uma cena inusitada: dois caracóis subiram cada um em uma cereja e, ao chegar ao final da haste se esticaram e deram um "beijo". A foto foi tirada perto da casa dele, em Berdichev.
Mischenko contou ao jornal "Daily Mail" que passou a infância aprendendo a caçar cogumelos na floresta, e desde então ficou com o olho afiado para captar imagem do que acontece bem pertinho do chão. O fotógrafo disse que os moluscos queriam mesmo se tocar e que a cena registrada foi um momento muito "doce".

quarta-feira, 19 de março de 2014


19/03/2014 08h27 - Atualizado em 19/03/2014 08h28

Musgo renasce 1.500 anos



depois de 




ficar congelado na Antártica



Pesquisa descreveu pela 1ª vez espécie que sobreviveu por longo tempo.
Dados foram publicados esta semana na revista 'Current Biology'.

Da France Presse
Um musgo na Antártica renasceu após passar mais de 1.500 anos sob uma camada de gelo, um recorde que marca o maior ciclo vital de qualquer planta conhecida, revelou um estudo feito por cientistas britânicos e divulgado esta semana nos Estados Unidos.
A pesquisa, publicada no periódico "Current Biology", descreve a primeira vez que um musgo conseguiu sobreviver durante um longo período de tempo.
Até agora, tinha-se o registro de um musgo que renasceu após apenas 20 anos. As bactérias eram, até então, a única forma de vida conhecida por sobreviver durante milhares, inclusive milhões de anos.
"Este experimento demonstra que organismos multicelulares, plantas neste caso, podem sobreviver a períodos de tempo muito mais longos do que se pensava anteriormente. Este musgo, parte chave do ecossistema, conseguiu sobreviver a períodos centenários ou milenares de avanço do gelo, como a Pequena Era do Gelo na Europa", disse Peter Convey, do British Antarctic Survey, um dos autores do estudo.
Os cientistas capturaram amostras das profundezas de um banco de musgos congelados na Antártica.
Eles cortaram os núcleos desta planta e os colocaram em uma incubadora, a temperaturas e níveis de luz que estimulariam seu crescimento em condições normais. Depois de algumas semanas, o musgo começou a crescer.
Técnicas de datação de carbono mostraram que as plantas originais tinham pelo menos 1.530 anos de antiguidade.
"Apesar de ser um grande salto com relação à descoberta atual, isto representa a possibilidade de formas de vida complexas sobrevivendo a períodos ainda mais longos ao permanecer presos no permafrost ou no gelo", disse Convey.

18/03/2014 10h50 - Atualizado em 18/03/2014 10h50

Filhote de espécie rara



de macaco 



nasce 



em zoológico da Inglaterra


Macaco-folha-de-françois tem origem no Vietnã e sul da China. 
Bebê nasce com pelos avermelhados que escurecem na fase adulta.

Da Associated Press
Filhote nasce com pelos avermelhados que escurecem na fase adulta (Foto: Gareth Fuller/AP)Filhote nasce com pelos avermelhados que escurecem na fase adulta (Foto: Gareth Fuller/AP)
Um filhote do macaco-folha-de-françois, um dos primatas mais raros do mundo, nasceu em um zoológico em Kent, região de Canterbury, na Inglaterra, há cerca de três semanas, e foi exibido pela primeira vez nesta segunda-feira (17). O recém-nascido é o primeiro de sua espécie a nascer no Howletts Wild Animal Park, e é um passo para a conservação desta espécie ameaçada de extinção.
O macaco-folha-de-françois nasce com pelos avermelhados, que vão escurescendo gradualmente até ficarem totalmente pretos (com uma faixa branca na boca) na fase adulta.
A espécie é nativa do nordeste do Vietnã e sul da China, onde eles vivem em uma altitude pouco maior do que a maioria dos langures, segundo o zoológico. Sua população foi reduzida a 15% por causa da caça e da destruição do habitat natural.
Macaco nasceu há cerca de três semanas no zoológico de Canterbury (Foto: Gareth Fuller/AP)Macaco nasceu há cerca de três semanas no zoológico de Canterbury (Foto: Gareth Fuller/AP)

domingo, 9 de março de 2014


09/03/2014 18h34 - Atualizado em 09/03/2014 18h42

Pesquisa da USP



engarrafa a garapa e 




durabilidade chega a 




quase 3 meses


Técnica criada em Pirassununga estabiliza durabilidade do caldo de cana.
Pesquisadores acreditam que novo processo tem potencial mercadológico.

Do G1 São Carlos e Araraquara
Pesquisadores engarrafam caldo de cana na USP de Pirassununga (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)Pesquisadores acreditam que caldo engarrafado tem potencial mercadológico (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)
Aumentar a durabilidade do caldo de cana e vender o produto engarrafado. Este é o foco do trabalho que pesquisadores da USP de Pirassununga desenvolvem há três anos. Segundo eles, a garapa engarrafada tem grande potencial de mercado e já existem empresas interessadas em fabricar o produto.
A pesquisa consiste em estabilizar a durabilidade do liquido, que é muito sensível e tem rápida deterioração. Em temperatura ambiente, isso ocorre em algumas horas. Com a tecnologia desenvolvida na Faculdade de Engenharia de Alimentos, o produto pode durar até quase três meses refrigerado adequadamente.

Para estabelecer o padrão de qualidade para a bebida e prolongar o sabor, os pesquisadores aprimoraram a técnica de produção. Tudo começa com uma rigorosa seleção da cana. Depois, elas são lavadas por 15 minutos, em um tanque com cloro, para limpar todas as impurezas.
A moenda tem que ser feita de aço inoxidável, para evitar a contaminação. Por fim, o caldo extraído passa por uma análise. O equilíbrio entre açúcar e acidez vai determinar a qualidade do caldo, explicou o auxiliar de laboratório Fábio Augusto Gallo.
Pasteurização
A garapa passa ainda por um processo de pasteurização. O líquido é aquecido aos poucos, até atingir 95 graus. O volume é mantido nessa temperatura durante 30 segundos e depois é resfriado a dez graus. O choque térmico ajuda a quebrar as enzimas, que neste caso não são bem-vindas. Elas alteram o sabor do caldo e mudam a coloração.
“O caldo muito escuro não é tão atrativo ao consumidor. Por isso, essa tecnologia de processamento destrói essas enzimas”, explicou o pesquisador Rodrigo Petrus.
Caldo é aquecido até atingir temperatura de 95 graus (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)Caldo de cana é aquecido até atingir a temperatura
de 95 graus (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)
Feito isso, a bebida permanece em um tanque enquanto as embalagens são higienizadas com ácido. Após o procedimento, o caldo é envasado e as garrafinhas passam por um selador para receber a proteção de alumínio. Depois, todas vão para a geladeira e são resfriadas a dez graus, o que garante a durabilidade do líquido.

Quando o caldo é extraído em um dia quente, por exemplo, depois de três horas ele perde sabor e começa a ficar escuro. Mas quando é pasteurizado o resultado é outro. Além de durar até dois meses e meio, a bebida continua mais clara e não perde a qualidade, garantiram os pesquisadores.

Em uma unidade de produção, como a utilizada na USP, é possível extrair 1,5 mil litros de garapa por dia. “O propósito da linha de pesquisa que desenvolvemos é demonstrar a eficiência de uma unidade compacta, versátil para micro e pequenas escalas de produção a um custo relativamente baixo”, disse Petrus.

Cuidados
O pesquisador ressalta que no preparo do caldo de cana a moagem é uma etapa muito importante. Segundo ele, é comum encontrar moendas enferrujadas e todo alimento deve ser manipulado em local adequado. A peça da moenda deveria ser de aço inoxidável, o que ajudaria a evitar a contaminação por bactérias, fungos e protozoários, sem contar a doença do mal de chagas.

Outro problema verificado nas moendas tradicionais, lembrou o pesquisador, é que a embalagem para armazenamento não é higienizada. Para Petrus, essa é uma questão de saúde pública e deveria ser proibida a manipulação.
Processo de moagem feito no laboratório da USP de Pirassununga (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)Processo de moagem realizado no laboratório da USP de Pirassununga (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV)

quinta-feira, 6 de março de 2014


06/03/2014 17h25 - Atualizado em 06/03/2014 18h04

Cientistas desenvolvem



parafusos de 




seda para reparar fraturas


Técnica pode vir a substituir peças de metal que fixam ossos quebrados.
Material previne infecções e acaba sendo absorvido pelo organismo.

Da BBC Brasil
Parafusos feitos a base de seda previnem infecções e acabam sendo absorvidos pelo organismo. (Foto: Divulgação/Universidade Tufts)Parafusos feitos a base de seda previnem infecções e acabam sendo absorvidos pelo organismo. (Foto: Divulgação/Universidade Tufts)
Parafusos feitos totalmente de seda foram usados pela primeira vez para reparar fraturas em cobaias, abrindo caminho para um tratamento mais eficiente para pessoas que sofrem o problema.
Uma equipe formada por engenheiros médicos da Universidade Tufts, do Estado americano de Massachusetts (nordeste dos EUA), e do Centro Médico Beth Israel Deaconess, também nos Estados Unidos, produziu 28 parafusos a partir de moldes nos quais foram colocadas proteínas obtidas a partir de casulos de bicho-da-seda.
Eles foram implantados nos membros de seis ratos por entre quatro e oito semanas, ao final das quais eles já tinham começado a se dissolver.
Os pesquisadores atribuíram o fato deles se dissolverem à fibra natural em sua composição.
Metal
A expectativa dos cientistas é que essas peças venham a substituir as de metal usadas atualmente no reparo de ossos quebrados.
Quando um osso é fraturado, placas e parafusos de metal são usados para religar e fixar as partes rompidas. Mas, além de serem rígidas e incômodas, essas peças geram risco de infecção.
Em muitos casos, elas têm de ser removidas depois que o osso está reparado, o que requer uma nova cirurgia.
Materiais sintéticos usados como alternativa para evitar esses problemas são difíceis de serem implantados e podem gerar reações inflamatórias, afirmam os pesquisadores.
Já no caso da seda, além de sua composição e rigidez serem parecidas com as do osso, o fato dela ser absorvida pelo organismo torna o material promissor.
"Queremos produzir uma série de aparelhos ortopédicos baseados nessa tecnologia para os casos em que não é desejável que as peças permaneçam no corpo", diz David Kaplan, cientista-chefe do estudo, à BBC News.
"Esse tipo de material não interfere em aparelhos de raio x, não dispara alarmes e não gera sensibilidade ao frio como o metal."
Prevenindo dor
Divulgada em um estudo divulgado na publicação científica Nature Communications, a nova técnica só foi testada em cobaias até agora.
A seda já fora usada em suturas, mas recentemente tem sido aplicada também em implantes médicos.
Pesquisadores alemães cobriram próteses de silicone com uma fina camada de proteínas de seda geradas em laboratório.
Estudos pré-clínicos sugerem que isso reduz ou previne dores causadas pelos implantes.