quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


Por Jane E. Brody- The New York Times News Service/Syndicate

Saúde pessoal: Cuidados paliativos, o tratamento que respeita a dor

Qualquer pessoa diante de uma doença crônica ou que ameace a vida deveria ter tanta sorte quanto Catherine, garçonete de 27 anos de Nova York.


Saúde pessoal: Cuidados paliativos, o tratamento que respeita a dor
Qualquer pessoa diante de uma doença crônica ou que ameace a vida deveria ter tanta sorte quanto Catherine, garçonete de 27 anos de Nova York.
A Dra. Diane E. Meier, especialista em tratamento paliativo do Centro Médico Mount Sinai, contou a história da jovem paciente em artigo publicado em 2011 no "Journal of Clinical Oncology". Identificada apenas pelo primeiro nome para preservar sua privacidade, Catherine foi diagnosticada com leucemia e sofria dores ósseas intratáveis, não aliviadas com paracetamol com codeína.
Mesmo assim, ela não estava disposta a tomar opiáceos porque um familiar tinha problemas com abuso de drogas. Meier e equipe foram convocadas para ajudar, e sua orientação aquietou os temores da jovem em relação ao vício e a auxiliou a compreender que o alívio da dor era uma parte importante do tratamento. Catherine se recuperou, vindo a cursar pós-graduação e a se casar.
Conforme relata Meier, sua história nos diz algo sobre a importância dos cuidados paliativos. Os médicos se concentraram em curar o câncer, mas era seu sofrimento que "representava fardos significados, mas remediáveis à paciente".
Médicos especializados em cuidados paliativos como Meier se concentram no alívio desse sofrimento, e não apenas para os moribundos. Todos os pacientes merecem tal tipo de tratamento quer sejam terminais, passíveis de recuperação total ou encarando anos com sintomas debilitantes de uma doença crônica ou progressiva.
"A grande maioria dos pacientes que necessita de cuidados paliativos não está morrendo. Eles estão debilitados por coisas como dor artrítica que afeta a qualidade de suas vidas e a capacidade de agir, podendo vir a impactar sua sobrevivência", afirmou durante entrevista Meier, diretora do Centro para o Progresso dos Cuidados Paliativos.
Caso eu tivesse recebido cuidados paliativos após a troca dupla dos meus joelhos, eu poderia ter evitado a dor séria que me deixou deprimida e incapaz de retomar a vida normal muito mais semanas do que deveria. Se minha tia idosa tivesse acesso a cuidados paliativos quando foi internada na UTI, talvez não tivesse tido delírios e sofrido uma progressão abrupta da demência da qual nunca se recuperou.
Anal fissures, or tears in the anal opening, are not exactly a topic for cocktail party conversation, but the condition is quite common and highly treatable. (© Wesley Bedrosian/The New York Times)

Nenhum comentário:

Postar um comentário