domingo, 14 de junho de 2015


Professora cria imagem com micróbios da mão de seu filho

  • 13 junho 2015
Essa é a pegada imunológica do filho de Sturm
Se você não lava as mãos antes de comer, não deixe de ver essa imagem compartilhada na internet por uma especialista em microbiologia.
A professora americana Tasha Surm criou uma prova gráfica da presença de micróbios nas mãos de seu filho de oito anos.
Surm, que trabalha como técnica do laboratório de microbiologia no Colégio Cabrillo, na Califórnia (Estados Unidos), pediu ao filho que fosse ao jardim brincar com o cachorro da família por um tempo.
Quando voltou para casa, Surm pediu que o menino colocasse a mão direita sobre uma placa de Petri (uma espécie de prato usado em laboratórios), pressionando suavemente.
A placa de 15 centímetros de diâmetro estava esterilizada e continha ágar, uma substância extraída de algas e que é usada no cultivo de microrganismos.
Quando o filho deixou a marca de sua mão no local, Sturm tampou a placa e a deixou em um incubadora a 37 graus durante um dia inteiro.
Depois, deixou a placa em temperatura ambiente.

Jardim colorido

Ao final de uma semana, surgiu uma imagem de uma pequena palma humana feita do que pareciam ser flores coloridas, como se pode ver na foto posteriormente compartilhada no microbeworld.org, um site da Sociedade Americana de Microbiologia.
Era a prova gráfica do que pode estar escondido em uma mão suja. "Estou guardando a placa para mostrá-la aos estudantes de microbiologia em uma semana e meia", escreveu Surm na página.
Ela tirou fotos detalhadas das colônias de micróbios
O colorido na palma da mão do menino corresponde a milhões de bactérias.
O corpo humano pode chegar a ter milhões e milhões de micróbios externos, um número dez vezes maior que o de células presentes no corpo.
Segundo Surm, a maioria dos que podem ser vistos na imagem são bacilos, um grupo de bactérias muito diverso.
As colônias brancas são provavelmente estafilococos, as amarelas micrococos e as mais avermelhadas são bactérias do gênero serratia, segundo a especialista, que também tirou fotos mais detalhadas de cada uma delas.
A especialista acredita que este micróbio seja um estafilococo.
Todos esses microrganismos são muito comuns e é muito provável que estejam presentes no nosso corpo, assim como estão nas mãos, no nariz, na pele e em outras partes do corpo.
Mas alguns, como a Serratia marcescens, podem causar infecções, especialmente entre pacientes hospitalares.
No entanto, Sturm disse não estar preocupada com o fato de seu filho ter tantos micróbios na mão.
"Estar exposto a isso é sinal de um sistema imunológico saudável", explicou. Ainda assim, é melhor seguir o conselho dado pelos pais e lavar sempre as mãos para evitar doenças.
Manter as mãos limpas é a melhor estratégia para evitar doenças

sexta-feira, 12 de junho de 2015


A triste história da tartaruga deformada pela poluição


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Plástico jogado no chão acabou deformando completamente a tartaruga Peanut

O bichinho ainda não tinha nome. Naquela época, era uma tartaruga comum que vivia em Missouri (EUA) e, como animal semiaquático, passeava pela margem de um rio.
Tudo mudou quando a tartaruga acabou envolta em uma embalagem plástica, do tipo usado em latas de cerveja e refrigerante, jogada no chão.
O animal ficou preso ao plástico e, com o passar dos anos, teve seu corpo moldado por ele. Como se tivesse um espartilho preso ao corpo, ela se viu deformada ao crescer enquanto tentava se adaptar ao plástico.

Vulnerável

Assim, aos nove anos, seu corpo ficou com forma de ampulheta, parecendo um amendoim com a casca pela metade.
As tartarugas não costumam ser muito rápidas, mas aquelas condições faziam com que ela ficasse ainda mais vulnerável aos predadores.
Por sorte, alguém a encontrou e a levou para o Zoológico de San Luis, uma cidade portuária construída ao longo da costa do rio Mississipi. Era 1993.
Os veterinários a batizaram de Peanut (amendoim) e finalmente retiraram o pedaço de plástico dela.
Mas o dano já estava feito. Peanut nunca voltaria a ter a forma de uma tartaruga comum. Diante disso, doaram-na para o Departamento de Convervação de Missouri para que tomassem conta dela.
"Se isso tivesse ocorrido com uma lontra, o animal provavelmente havia morrido por uma infecção", diz o departamento. "Mas como Peanut tem esse casco que protege seu corpo, pôde sobreviver, ainda que alguns de seus órgãos (como os pulmões) não funcionem corretamente."

Lixo pode ser muito prejudicial à vida silvestre

Hoje, aos 30 anos, a tartaruga segue vivendo em um aquário, longe de ameaças que encontraria em seu habitat natural.
Além disso, a foto de Peanut foi usada para divulgar a campanha "No more Trash" (Chega de lixo, em português), lançada em conjunto pelos departamentos de Conservação e Transporte de Missouri.
Foram meses de trabalho dos voluntários – além das campanhas para limpar rios, eles fizeram sessões informativas para conscientizar a população para que produza menos lixo, recicle mais e não jogue nada em lugares indevidos.

Lixo

O Departamento de Conservação explica que, assim como o plástico, outros tipos de lixo podem ser muito prejudiciais à fauna local.
"Coisas que têm furos ou formato de arco têm grande potencial de causar problemas para os animais", diz o site do departamento.

Muitos animais não são capazes de fazer distinção entre comida e lixo

"E quando ele (o animal) fica encurralado, entra em pânico, o que piora as coisas. Os animais não têm a mesma esperteza dos humanos, então para eles é bem mais difícil se livrar dos objetos."
De acordo com o departamento, fios também são perigosos para muitas espécies aquáticas que não conseguem vê-los. "Os que se enrolam não sobrevivem – ou morrem de fome ou são devorados por predadores."
Pequenos pedaços de plástico também são uma ameaça à vida silvestre.
"Os animais normalmente não conseguem diferenciar lixo de comida, então eles comem essas coisas e se asfixiam ou terminam com o estômago cheio de plástico e morrem de fome."
Para que isso não aconteça, o departamento recomenda jogar lixo sempre no lixo, manter as ruas e os rios limpos e, no caso dos plásticos que carregam latinhas, o melhor a fazer é cortar os anéis para evitar que qualquer animal fique preso neles.

domingo, 7 de junho de 2015


Sete espécies de sapos minúsculos são descobertas no Brasil

  • 5 junho 2015
Foto: Luiz Fernando Ribeiro
Novas espécies brasileiras medem, no máximo, um centímetro de comprimento, mesmo na vida adulta
Sete novas espécies de sapos minúsculos foram encontradas em sete montanhas diferentes no sul do Brasil.
Um estudo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), divulgado na publicação científica PeerJ, afirma que as descobertas foram fruto de cinco anos de pesquisas em áreas montanhosas da Mata Atlântica no Paraná e em Santa Catarina.
O clima único da região isola os picos montanhosos, onde as temperaturas são mais baixas do que nos vales. O isolamento, segundo os cientistas, permitiu a descoberta de 21 espécies conhecidas do sapo Brachycephalus – agora, são 28.
Todos eles têm cerca de um centímetro de comprimento e muitos possuem peles coloridas e venenosas, que afastam predadores.
Marcio Pie, professor da UFPR, disse que, para encontrar os animais, escalou mais montanhas do que consegue lembrar.
"É muito exaustivo. As montanhas não são tão altas – a maioria delas têm entre mil e 1.500 metros –, mas as trilhas não são bem sinalizadas", disse à BBC.

Jogo de adivinhação

De acordo com Pie, as florestas elevadas do sul possuem mais espécies diferentes por quilômetro quadrado do que a Amazônia.
Foto: Luiz Fernando Ribeiro
Os pequenos sapos variam de acordo com a cor e a rugosidade da pele
Foto: Marcio Pie
A subida de uma montanha pelos pesquisadores leva cerca de oito horas
Animais como os sapos Brachycephalus são particularmente sensíveis ao ambiente. Por isso, sentem o impacto até mesmo de mudanças de temperatura de uma montanha em relação a um vale. Isso faz com que a população de sapos em cada montanha se desenvolva, lentamente, em uma nova espécie.
Há restrições para o quão diferentes umas das outras estas pequenas criaturas podem ser tornar. Assim como os menores vertebrados terrestres, a maior parte da anatomia deles é otimizada para uma escala menor.
Por exemplo, eles costumam ter três dedos nas patas traseiras e dois nas dianteiras, ao invés dos cinco dedos traseiros e quatro dianteiros encontrados na maioria dos sapos.
A diferença mais óbvia entre as espécies de Bachycephalus é sua pele, que pode variar em termos de rugosidade e cor – tons mais vibrantes geralmente indicam níveis mais altos da substância química tetrodotoxina, que é venenosa.
Adivinhar como seria o aspecto de uma nova espécie se tornou um jogo para Marcio Pie e seus colegas.
"É uma experiência empolgante porque temos a expectativa de encontrar uma nova espécie em cada montanha, mas não sabemos como ela será."
"Então, enquanto planejamos a viagem, tentamos adivinhar quais serão suas características."

Ouvir sem ver

Depois de capturar espécimes suficientes – um processo que geralmente envolvia vasculhar a folhagem com as mãos – a equipe de pesquisadores fazia testes genéticos para descrever cada nova espécie.
Ele afirma, no entanto, que encontrá-las era o maior desafio. "É preciso muita prática e às vezes é muito frustrante subir a montanha por horas e voltar de mãos vazias."
Foto: Luiz Fernando Ribeiro
Um dos sapos, chamado de B. olivaceus, era menos colorido, o que dificultou ainda mais sua descoberta
Foto: Luiz Fernando Ribeiro
Esta espécie foi batizada de B. leopardus, por causa das pintas em sua pele
Com frequência, os cientistas chegavam a ouvir os sons dos sapos muito antes de os verem, mas os animais – cujos principais predadores são cobras – não se deixam localizar facilmente.
"Dá para ouvi-los cantar e há provavelmente centenas deles, mas você não consegue pegá-los! Quando você se aproxima, (eles sentem) só pela vibração no solo e ficam em silêncio por 20 minutos ou meia hora. Aí você tem que vasculhar as folhas cuidadosamente com as mãos", relata Pie.
"A presença desses sapos em variações geográficas tão pequenas sugere que essa área tem sido bastante estável nos últimos 500 mil anos em termos de clima. Se (o clima) tivesse esquentado, o ambiente que caracteriza estas florestas provavelmente teria desaparecido e levado estas espécies à extinção. Se tivesse ficado mais frio, eles provavelmente teriam atravessado os vales e os encontraríamos juntos. Até agora, não encontramos mais que uma espécie em cada montanha."

Corrida contra o tempo

Foto: Luiz Fernando Ribeiro
Os sapos são bem adaptados a seu tamanho diminuto, com menos dedos do que as espécies normais
Pie e seus colegas alertam para o fato de que, para manter esta impressionante variedade de espécies, pode ser preciso criar algumas delas em cativeiro. Além disso, será necessário proteger seus habitats de outras espécies de animais e plantas invasoras, da derrubada de árvores e de outras ameaças.
Enquanto isso, o esforço para catalogar os sapos continua. A equipe já encontrou outras quatro espécies, cujos detalhes ainda não foram publicados, e mais expedições a montanhas estão planejadas.
"Estamos muito confiantes de que vamos encontrar ainda mais espécies. Há muitos outros lugares onde você tende a encontrar um clima semelhante, então os sapos provavelmente estarão lá também", afirma Pie.
Ben Tapley, chefe da equipe de herpetologia (estudo de répteis e anfíbios) do Zoológico de Londres, disse que a descoberta é notável. "A descrição de uma espécie sempre é empolgante, imagine de sete espécies."
"Os anfíbios estão sofrendo um declínio global e catastrófico e é provável que muitas espécies tenham se tornado extintas antes mesmo de terem sido descritas pela ciência. As descrições de espécies informam políticas de conservadorismo e ajudam a priorizar as ações necessárias", afirma.

terça-feira, 2 de junho de 2015

02/06/2015 05h00 - Atualizado em 02/06/2015 05h00

Fêmeas de espécie ameaçada de peixe-serra se reproduzem sem sexo

Fenômeno surpreendente foi descoberto por acaso, em análises de DNA.
É a 1ª vez que partenogênese é constatada em vertebrados na natureza.

Do G1, em São Paulo

Uma pesquisa rotineira sobre a população de uma espécie ameaçada de peixe-serra nos Estados Unidos levou a uma descoberta surpreendente: algumas fêmeas estavam se reproduzindo sem sexo nem qualquer participação dos machos, em um processo chamado partenogênese.
Enquanto a partenogênese é comum em invertebrados, até o momento a existência do fenômeno em vertebrados só tinha sido constatada em raras ocasiões, em animais como pássaros, répteis e tubarões, mas sempre em cativeiro. Esta é a primeira vez que foram identificados filhotes de vertebrados nascidos desta forma na natureza.
A descoberta, que foi publicada na revista científica "Current Biology" nesta segunda-feira (1º), foi possível graças à análise do DNA de exemplares de peixe-serra-de-dentes-pequenos (Pristis pectinata) em um rio da Flórida, nos Estados Unidos.
  Exemplar de peixe-serra-de-dentes-pequenos (Pristis pectinata) encontrado em rio da Flórida: pesquisadores descobriram que fêmea da espécie é capaz de se reproduzir por partenogênese  (Foto: Florida Fish and Wildlife Conservation Commission (FWC))Exemplar de peixe-serra-de-dentes-pequenos (Pristis pectinata) encontrado em rio da Flórida: pesquisadores descobriram que fêmea da espécie é capaz de se reproduzir por partenogênese (Foto: Florida Fish and Wildlife Conservation Commission (FWC))
"Estávamos conduzindo testes de rotina de DNA nos peixes-serra encontrados na área para ver se parentes estavam se reproduzindo com parentes devido ao pequeno tamanho da população", diz Andrew Fields, principal autor da pesquisa e pesquisador da Universidade Stony Brook.
"O que as análises de DNA nos mostraram foi muito mais surpreendente: fêmeas de peixe-serra estavam, algumas vezes, se reproduzindo sem acasalamento", disse Fields. Foram identificados sete filhotes que nasceram dessa forma e eles eram saudáveis.
"Existe uma noção geral que a partenogênese em vertebrados é uma curiosidade que geralmente não leva a filhotes viáveis", diz Gregg Poulakis, da Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida. O estudo mostrou o contrário.
Os pesquisadores acham que esse tipo de reprodução pode ser mais comum em populações pequenas e ameaçadas, mas mais pesquisas devem ser feitas para verificar se o fenômeno se repete em outras espécies de animais.
09/10/2014 12h50 - Atualizado em 09/10/2014 13h27

Brasileiro descreve novo dinossauro que é 'primo' do Tiranossauro rex

Ancestral do lagarto predador foi encontrado na Venezuela.
Batizado de 'Tachiraptor admirabilis', animal tinha até 2 metros de altura.

Eduardo CarvalhoDo G1, em São Paulo
Na ilustração é possível ver o Tachiraptor caçando exemplares de Laquintasaura (Foto: Divulgação/Maurílio Oliveira/Max Langer)Na ilustração é possível ver o Tachiraptor caçando exemplares de Laquintasaura (Foto: Divulgação/Maurílio Oliveira/Max Langer)
Um pesquisador da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, e outros quatro cientistas internacionais descreveram um novo dinossauro considerado “primo” do Tiranossauro rex, mas que viveu na Terra 50 milhões de anos antes do famoso predador.

Fósseis do Tachiraptor admirabilis, o "admirável predador do Táchira", foram encontrados na região da Cordilheira dos Andes, na Venezuela, próximo à fronteira com a Colômbia.
O estudo com as informações sobre o réptil foi publicado nesta quarta-feira (8), no periódico especializado “Royal Society Open Science”.
O achado foi da equipe do brasileiro Max Langer. Segundo ele, o trabalho de pesquisa começou em uma área de escavações na região de La Grita. Lá, em janeiro do ano passado, foram encontrados os fósseis de uma tíbia e o ísquio, osso que integra a bacia.
'Pequeno' carnívoro
Tachiraptor pertence ao grupo de dinossauros terópodes, animais que tinham duas patas, se alimentavam de carne e geravam filhotes por meio de ovos.
A espécie "venezuelana" podia alcançar entre 1,5 metro e 2 metros de altura, tamanho considerado pequeno – em média, um T-rex em idade adulta atingia 5 metros de altura.
Além disso, viveu no planeta há 200 milhões de anos, no início do período Jurássico. Nesta época, de acordo com Langer, os dinossauros ainda estavam se espalhando pela Terra.
Na imagem divulgada pelo grupo, o Tachiraptor aparece correndo atrás de um grupo de Laquintasauras, um dinossauro de tamanho ainda menor (media cerca de 25 centímetros), herbívoro, e que também viveu na mesma época do ancestral do T-rex.
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Pedaços dos fósseis encontrados pelos pesquisadores na região de La Grita, na Venezuela (Foto: Divulgação/Royal Society Open Science)Pedaços dos fósseis encontrados pelos pesquisadores na região de La Grita, na Venezuela (Foto: Divulgação/Royal Society Open Science)
10/04/2015 08h44 - Atualizado em 10/04/2015 08h44

Acidificação dos mares causou a grande extinção na Terra, diz estudo

Atividade vulcânica intensa deixou oceanos mais ácidos, segundo cientistas.
Episódio aconteceu há 250 milhões de anos.

Da France Presse
Imagem do Instituto Australiano de Ciência Marinha mostra parte da Grande Barreira de Corais afetada por síndrome da acidificação. (Foto: Arquivo/Australian Institute of Marine Science/AP)Imagem do Instituto Australiano de Ciência Marinha mostra parte da Grande Barreira de Corais afetada por síndrome da acidificação (Foto: Arquivo/Australian Institute of Marine Science/AP)
A acidificação dos oceanos foi um dos principais impulsionadores da maior extinção em massa na Terra há cerca de 250 milhões de anos, afirmaram cientistas
As mudanças nas águas da Terra foram causadas por uma intensificação da atividade vulcânica, acabando com mais de 90% da vida nos oceanos e dois terços dos animais terrestres, disseram os autores do estudo publicado na revista "Science".
Os oceanos absorveram enormes quantidades de dióxido de carbono a partir das erupções vulcânicas, tornando a água mais ácida e menos propícia para formas de vida ainda frágeis.
Naquela época, os mares absorveram carbono a uma taxa semelhante à atual, mas que persistiu ao longo de 10 mil anos, segundo a pesquisa, que se baseia no estudo de rochas escavadas nos Emirados Árabes Unidos.
Estas rochas ficaram no leito do oceano por milhões de anos e acabaram por preservar um registro das alterações ácidas na água ao longo do tempo.
"Os cientistas já suspeitavam que uma acidificação dos oceanos teria ocorrido durante a maior extinção em massa de todos os tempos, mas até agora faltava uma evidência direta", explicou Matthew Clarkson, da Escola de Geociências da Universidade de Edimburgo.
"Esta é uma descoberta preocupante, considerando que já podemos ver um aumento na acidez dos oceanos hoje, resultado de emissões humanas de carbono", concluiu.