Coreia do Sul confirma 15 casos de coronavirus MERS
Infecções ocorrem após viagem de homem a Arábia Saudita.
Coronavírus provoca falha renal e não tem qualquer tratamento preventivo.
As autoridades de saúde da Coreia do Sul confirmaram neste domingo (31) 15 novos casos de infecção pelo coronavírus MERS e advertiram que os próximos dias serão "críticos" para conter a epidemia.
Infecções decorrem de um homem de 68 anos que foi diagnosticado em 20 de maio, duas semanas após seu retorno de uma viagem ao Oriente Médio durante a qual visitou a Arábia Saudita, o principal foco da doença.
As outras 14 pessoas infectadas são seus parentes ou estiveram em contato com ele.
As autoridades também examinaram dezenas de pessoas que tiveram contato com o homem e 129 foram colocadas em isolamento.
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"Nós fazemos tudo que é necessário para evitar a propagação da doença", explicou o ministro da Saúde, Moon Hyung-Pyo, em uma coletiva de imprensa e disse que a próxima semana será "crítica" para conter a epidemia MERSC-CoV (sigla em inglês para Síndrome Respiratória do Oriente Médio-Coronavírus).
Autoridades sul-coreanas foram criticadas por sua lentidão em identificar potenciais portadores após diagnosticar o primeiro infectado e por não ter evitado que um suspeito viajasse para a China.
O homem de 44 anos, cujo pai era portador do vírus, não respeitou as recomendações de prudência das autoridades e decidiu viajar para a China na terça-feira. Na sexta-feira foi declarado contaminado.
De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados um total de 1.139 casos de infecção pelo MERS-CoV, 431 deles fatais, principalmente na Arábia Saudita.
O coronavírus MERS é considerado um parente mais mortal, mas menos contagioso do vírus que causa a síndrome respiratória aguda grave (Sars), que em 2003 deixou 800 mortos em todo o mundo.
Ambos os vírus causam uma infecção dos pulmões, febre, tosse e dificuldades respiratórias. Ao contrário do Sars, o coronavírus provoca falha renal e não tem qualquer tratamento preventivo. Segundo a OMS, 36% dos pacientes afetados morreram.